sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Tobogã abaixo, madrugada adentro! Matéria para a Ragga de Fev/Mar!

www.revistaragga.com.br

Por Teca Lobato
Fotos: Carlos Hauck


O full de Backside do Zezinho! Dispensa comentários...


Descer o tobogã da Avenida do Contorno é um sonho antigo. Eu já adorava, quando era bem pequena, sentir o frio na barriga, enquanto meu pai dirigia o carro avenida abaixo. Se mesmo no banco do passageiro, descer o Tobogã é sinônimo de adrenalina, imagina em cima de um longboard, fazendo downhill slide?


O Tobogã povoa o imaginário de todo longboarder belo-horizontino que se preze. No topo da ladeira, o medo é paralisante. E é para lá que a reportagem da Ragga foi, com esta repórter que lhes escreve, Eduardo “Cabelo”, Zezinho e Daniel Alemão. Todos com certa experiência para enfrentar as “morras de asfalto”. Como a avenida é via de acesso para vários bairros de BH, com intenso fluxo de carros, o horário combinado para fazer a descida foi durante a madrugada – uma medida de segurança para diminuir os riscos, que não eram poucos.




Oitavo colocado no mundial de Downhill Speed do Rio de Janeiro em 2006, Zezinho tem experiência de sobra quando o assunto é downhill. No speed, o atleta pode atingir até 100 km/h. A princípio não chegaríamos a tanto, então imaginei que para ele o tobogã seria fácil Dito e feito! Zezinho foi o primeiro a descer e testar a pista, mesmo com toda a pressão dos carros e da forte inclinação da ladeira, mandou todas as manobras no gás e com um estilo incomparável.



O Cabelo indo para o 180 de frontside!


Surfista há mais de dez anos, Eduardo “Cabelo”, assim como Zezinho, é um dos percussores do downhill slide em BH. Tem base e manobras suficientes para deslizar no “tobogã” e foi só fissura depois que recebeu o convite.

Mesmo com apenas dois anos de longboard skate, Alemão tem uma vasta experiência com pranchas. Dez anos de street skate foram suficientes para render uma base segura o suficiente para se arriscar nas descidas executando qualquer slide com tranqüilidade. Juntos, fechamos uma das sessões de downhill mais “adrenalizantes” de nossas vidas.


Dani esticando seu lay back ao máximo...

A idéia de encontrar quatro malucos deslizando pela Avenida do Contorno surpreendeu a todos que passavam. Conseguimos reunir em uma sessão expectadores de todos os gêneros: taxistas, moradores de rua, freqüentadores dos bares nas proximidades e os que apenas passavam de carro pela ladeira.

Segundo Fernanda Barreiros, longboarder há mais de cinco anos, o local é perfeito para a realização de eventos: “O ideal seria fechar a ladeira para realizar um campeonato, existem vias de acesso alternativas e com certeza o nível das manobras seria bem alto”, acredita. Fica a dica. Se rolar, é só chamar que eu vou!



Eu!