quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ragga Wake World Series



Só alegria!!!!!! uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sessão Trash para Revista Ragga Ed. 25

Por Teca Lobato
Fotos Carlos Hauck


Na falta de espaços públicos para andar, João Miguel, Artur Cabeça e Jeferson Bill moldaram seus roles a base de “lixo”.



Nollie Flip do João Miguel nas alturas

O lixo aqui não diz respeito a restos inutilizados e despejados aos montes pelos seres humanos, mas aos lugares nas ruas da capital mineira, que serviram para estes skatistas como a verdadeira escola de manobras. Foram nestas sessões de rua que surgiu a JAM, a palavra é formada pelas iniciais do trio, que se encontra na madrugada em busca dos picos mais “sujos”, mas não no sentido literal da palavra...



O Tucknee Style do Bill!!!


A idéia de se vestir como gari surgiu tendo em vista o estilo de vida do trio. Eles se autodenominam “do Lixo” e Arthur “Cabeça” explica melhor essa idéia: “BH é uma cidade muito boa, aqui fizemos boas amizades, mas somos 100% da rua, e aqui os lugares para andar não são bons, na verdade a maioria dos picos é bem difícil. Acabamos acostumando com esses lugares que denominamos de “picos do lixo””.

Quando perguntei sobre a dificuldade de andar na rua me surpreendi. Na verdade eles tomaram gosto por este tipo de sessão, “Manobra hoje todo mundo manda. Agente quer mesmo é andar em pico difícil. As pistas são muito importantes para evoluir, mas hoje nosso interesse é fazer o impossível” conta João Miguel.



O gap do Artur em recepção nada favorável...

Se adequando a complexidade da arquitetura de Belo Horizonte, os três, vestidos de garis, arrancaram olhares espantados de quem passava. O laranja reluzente do uniforme associado à agressividade das manobras transformava o cenário urbano no mais excêntrico espetáculo. No calor escaldante do meio dia buscamos os lugares mais abandonados, demolidos... Quanto mais largado melhor.

Jefferson Bill, nome conhecido no cenário mineiro explica as raízes do comportamento da “crew”: “A gente não quer deixar o verdadeiro skate morrer. E ele veio da rua”. A sensação de ousadia, coragem e camaradagem foi inspiradora, não houve barranco no caminho que não fosse superado, não houve hard, nollie ou kickflip que não pudessem ser dificultados. Tudo para tornar mais um rolé memorável, diferente e ousado, tudo para criar ainda mais possibilidades, expandir o crescimento ilimitado do esporte que amam.



Os beastie boys do skate...





Agradecimentos: A SLU – Superintendência de Lixo Urbano que gentilmente cedeu as roupas dos nossos “garis” e a Blunt Skate park pela “base” de skate, de partida e chegada.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

STEF TOR - Entrevista para Wake Brasil n.18

Por Teca Lobato

Natural de Niagara Falls, Stef Tor é hoje um dos maiores nomes do wakeskate no mundo. Em 2005 foi campeã mundial - mesmo competindo entre os homens - e atualmente se dedica ao free ride. Veja a entrevista exclusiva que a simpática atleta canadense concedeu à minha pessoa para a Wake Brasil.



Com 29 anos, Stef passa boa parte do ano filmando e fotografando nos quatro cantos do mundo para seus patrocinadores Osiris Shoes, LF/Maven, Jet Pilot, Zola, LA fitness, Miamiskinautique. Durante o ano passado coordenou as mais de 22 clínicas de wakeboard e wakeskate da Maven Sessions, um projeto da Liquid force de levar suas atletas a vários países para ensinar meninas a praticar os “Wakesports”.


Morando atualmente na Flórida, ela pilhou quando soube da entrevista e declarou que conhecer o Brasil faz parte de seus planos.



Stef mandando um flip com um trambolho desses...

WB: Quando você começou a praticar o Wakeskate? Já andava de skate?

ST: Eu comecei a praticar Wakeboard em 1998 em um acampamento no Canadá, e foi lá que tentei o Wakeskate pela primeira vez. Eu realmente peguei o jeito no wakeskate e em 2003 comecei a andar todos os dias. Eu gostei muito do fato de que para praticar o wakeskate é necessário mais técnica que o wakeboard.

WB: O que você prefere? Competições ou o “Free Ride”?

ST: Eu definitivamente prefiro muito mais o free ride. A não ser que você esteja sempre em casa praticando diariamente, porque para mim é muito difícil treinar para campeonatos. Estou sempre viajando, e quando você está na estrada, você está sempre andando em barcos diferentes, lagos diferentes, e com pilotos diferentes. O Free Ride é bom porque não existe a pressão dos campeonatos e é muito divertido filmar e fazer a “session” com os amigos.




Isso me parece um rock to fackie...


WB: Quais são suas manobras preferidas? E a que mais te dá medo de tentar?

ST: Eu poderia dizer que minha manobra preferida, tanto de mandar quanto de pousar, é o Kickflip. É incrível o fato de minhas pequenas pernas conseguirem girar um longo pedaço de madeira de 41” (polegadas), há 22 milhas e ainda pousar. Eu acredito que para mim, fazer gaps de piscinas no “winch” ficou bem assustador, desde que quebrei minha perna no ano passado em Dallas, Texas. Gaps em piscinas são bem divertidos, mas no caso do “Winch” tudo depende do piloto e das piscinas que são sempre diferentes.

WB: Você tem algum treino especial fora d água?

ST: A academia “LA Fitness Gym” já vem me ajudando há alguns anos e sem eles eu não estaria onde eu estou hoje. Eu tento estar na academia o máximo que eu posso. Eu ando muito de skate na mini rampa que tenho em casa e pratico muitas manobras de flip no trampolim com um wakeskate velho. O “Cross - training” (treino ao ar livre) é muito importante para mim, exercita não só o corpo como ajuda a manter minha mente alinhada ao meu esporte.


WB: Quando você vai tentar alguma manobra, como lida com o medo?

ST: Quando vou tentar novas manobras, tudo o que penso é em como seria boa a sensação de pousá-la. Eu não penso muito na manobra nova e em como ela é assustadora, encaro como um desafio. E eu realmente gosto de desafios.



WB: Conte um pouco a respeito da Maven Sessions.

ST: Eu comecei a participar da Maven desde o dia que o projeto começou. A Maven Sessions é organizada por garotas para garotas aprenderem a praticar os “Wakesports”. O time da Maven costuma viajar por aproximadamente 22 cidades dos Estados Unidos. Para 2009 a Maven Sessions vai dar uma pausa, mas esperamos retornar em 2010 por causa da demanda.
WB: Planos para o futuro?

ST: Eu acabei de retornar de uma lesão séria, então estou planejando me fortalecer o máximo que conseguir e fazer várias viagens para ensinar garotas a respeito do meu esporte. Também espero fazer muitos filmes e trabalhar com meus patrocinadores. Eu também estou planejando vir ao Brasil para conhecer garotas que compartilham das mesmas paixões que eu! 