sexta-feira, 6 de junho de 2008

Aproveitando para evoluir...


Texto para a 5ª edição da Revista Wakebrasil, coluna Wakegirls, com algumas modificações que só um blog permite...


Geralmente quando se faz o que se gosta, concentração e estilo pessoal surgem naturalmente. Sem esforço nenhum. Você curte tanto fazer aquilo que acaba criando uma forma só sua de praticar. No wake não podia ser diferente, pois é um esporte que por si só já é muito “style”.
Se o rider ainda é uma mulher, o efeito é impressionante. Em um esporte que exige agressividade, explosão e técnica, características predominantemente masculinas, o efeito queixo caído é certo quando aliado à suposta fragilidade feminina.
Porém sair tentando toda manobra que der na cabeça, tentar acompanhar o ritmo dos garotos nas sessions, se esquecer da nossa estrutura física e pular as etapas naturais de evolução, certamente resultará em vacas inesquecíveis e “tensão pré-session”, além daquele friozinho eterno na barriga de lembrar no que aquela tentativa mal sucedida resultou. Esse bloqueio todo pode começar a prejudicar o free ride, por isso, temos que dar um passo de cada vez, com técnica e calma.
Para isso, devemos sempre lembrar que um dos principais motivos de se praticar esse esporte é sem dúvida o lazer. O simples fato de subir na prancha, cavar forte de um lado para outro, surfar na marola e andar de switch (base trocada), já ajuda e muito a se familiarizar com o wake. Andar com medo pode atrapalhar a evolução, o desenvolvimento de um estilo pessoal e a confiança na hora de tentar qualquer manobra. Se não estiver afim de andar forte ou tentar manobras novas, o melhor a fazer é se preocupar exclusivamente em se divertir. E não importa o que isso queira dizer, cada um se diverte do seu jeito e a evolução surge naturalmente... Por incrível que pareça esse simples rolé, vai garantir toda a confiança e técnica necessária para começar a arriscar e é a partir daí que sua forma de praticar fica bem pessoal. O que é o mais legal de se ver, na minha opinião, mais que a dificuldade das manobras, é a maneira como cada movimento é executado, o estilo de cada um. Por isso aproveite para estender seus limites gradualmente, pegando mais e mais intimidade com a prancha e curtindo 100% o que cada session pode oferecer. Afinal de contas, estamos sempre evoluindo para aproveitar...

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